sábado, 3 de janeiro de 2015

Batidas na porta...


"Três batida leves"

CONTINUAÇÃO DE - COMO COMEÇOU

TEMPO, AGORA VERDADEIRAMENTE ELE não existe ou simplesmente está perdendo seu significado para mim. Fiquei a vários dias sem escrever nessas folhas amareladas que a cada momento se tornam mais enjoativas do que o de costume. Não importa... de qualquer forma as palavras se acumulam sobre a escrivaninha, tenho que escrever. Ele, o tempo, morto e enterrar sobre todas as montanhas da terra. Se é que um deus pode morrer, pelo menos foi esquecido!

Está cama me prende no quarto, com a promessa de nada para fazer. Dormir é tão bom! Sou o único ser vivo sobre a terra e enquanto ela se transforma em pó eu permaneço imutável. Tenho que me lembrar a cada dia de vida e testemunhar o que acredito estar para acontecer. Apenas, espero...

***

Algum motivo maior deve existir para que eu possa ter descoberto aquela formula que nunca mais pude fabricar. Porem só bastou uma vez.

A noite esta caindo, a noite esta caindo e tudo aquilo que era pra ser lembrado. Tudo que foi conquistado durante séculos de evolução e desenvolvimento também cai lá fora.

Mas justamente agora, depois de anos de solidão tentando descobrir como isso aconteceu, como só restei eu? Me batem na porta, três batida leves que quase não consegui escutar.  As três batidas mais perturbadoras que escutei em minha longa vida.

Pergunto quem é? Me levanto e abro a porta? Talvez seja esse momento que esperava tanto.

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