sexta-feira, 9 de maio de 2014

HOMEM DE CAVANHAQUE


  O HOMEM DE CAVANHAQUE andava por entre as ruas de uma cidade grande vendo a enorme altura dos prédios e ficava com vertigens, olhando para cima quase tropeçou. Parou na causada de seu edifício, morava ali e pretendia subir até o ultimo andar.

Tudo fora feito, jogou o jogo da vida e por falta de atenção, por inocência, tinha perdido. Subiu pelas escadas contando os degraus e lá pelo centésimo primeiro, já respirava pela boca.

Encontrou um livro apoiado no centésimo vigésimo degrau. Sua capa era verde e trazia escrito na lombada: “Vladimir Nabokov - Lolita”. Há quanto tempo tinha lido sobre Dolores já não lembrava mais de H. H.   

Chegando ao terraço sentou em um das varias muretas, folheou o livro e o deixou de lado. Cobrindo o rosto com as mãos, respirou fundo, iria se matar pulando do prédio mais alto da cidade.

Quando tirou as mãos do rosto, vil um homem no beiral do edifício, sem camisa, braços estendidos. No mesmo instante que o vil, desapareceu de seus olhos. Acabara de ver um suicídio, um exemplo do que pretendia fazer.


E lá em baixo  o corpo estendido já formava uma poça de sangue. Decidiu pensar e descobrir um jeito para resolver seus problemas. Não ia mais se matar! 

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