terça-feira, 8 de abril de 2014

CAMÉLIA


"A SOLIDÃO RESPIRA EM seu rosto
O desespero passa lhe a perna, senta em seu peito.
Mesmo assim os lindos lábios da esperança se mostram ao longe.
Por entre cabelos longos e esvoaçantes, ti chama..."

Escreveu o poeta, pensando em sua bela amada. Mas o que fazer? Ela tinha acabado de morrer e de uma maneira bem idiota, se engasgara com um pedaço de maçã.

No enterro de Camélia, pois esse era o nome dela, ele ficou ao lado de um caixão negro como a noite.

Via um rosto sem vida, o rosto de uma boneca, uma casa sem morada.


E agora sentado no banco da praça, percebeu que o vermelho das flores do velório, era o sangue coagulado que de alguma forma escapulira daquele corpo. 

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