EM
UM DOS MAIS altos andares do castelo, num enorme quarto onde a primeira vista se via apenas
uma cama de espaldar alto. As paredes cobertas por pesadas tapeçarias com complicadas
formas geométricas, onde predominava o vermelho. Uma janela se abria para o
vazio onde se via apenas o azul do céu, teria que se elevar e curva sobre a
janela, para ver a paisagem muitos metros a baixo.
Esse era o único
castelo do reino e, por ser o único era imenso e formidável. Fruto do esforço
de muitos reis que as décadas trouxeram. Até o exato momento em que se passa a
história ele ainda crescia e era renovado, não se sabendo quando seria o
termino de sua construção.
Uma atmosfera sombria
cobria todo o ambiente, com seus tons de claro e escuro. A população temia o que
o próximo dia ofereceria a todos. Uma praga se espalhava pelo reino e todos se
olhavam com desconfiança.
O habitante do
quarto em questão era uma linda moça de seus quinze a dezesseis anos de idade. Não
diria que fosse delicada ou mimada, apesar de ter bastante atenção dos que a cercavam,
afinal de contas era uma princesa. Filha de um rei prospero que no momento se
esforçava para livrar seu reino dos que se chamavam vampiros.
Aparentemente eram
seres sobrenaturais que se alimentavam do sangue de seres humanos e, os que
eram mordidos se tornavam um deles. As coisas saíram do controle e a derrota batia na porta, em forma de morte
evidente. O rei e seus cavaleiros, os que ainda restavam, se trancaram em um
local do castelo para planejar o desfecho e ultima tentativa de controlar a
situação. Aparentemente nenhum vampiro
conseguira se aproximar do castelo.
A princesa tinha consciência de tudo que
acontecia em sua volta. O medo e desesperança percorriam sua mente. E passava
muitas horas trancada em seu quarto. Apesar dos protestos de um cavalheiro de
armadura dourada que era seu pretendente.
Certa noite, a
escuridão total já tinha se espalhado pelos vários corredores abandonados do
castelo. E uma figura subia facilmente suas paredes de pedra lisa, a luz do
luar não lhe denunciava a presença. Pretendia entrar no quarto da princesa. No momento em que chegou ao patamar da janela,
ela se abril como se não tivesse sido fechada e ele entrou.
Sua presença no
quarto não moveu nenhuma atenção da mulher que dormia sobre os cobertores. Ele se
aproximou da cama e olhou fixamente para sua vitima. Sabia que ela não
acordaria nem se a chamasse pelo nome. Então se curvou, afastou os cobertores,
procurava sugar todo seu sangue e a transformar.
Era um homem completamente
sem expressão. E agora estava sobre a princesa, nada lhe impediria de trazê-la
para si. A suspendeu segurando a sobre os ombros, seu rosto corado era mais um chamariz
para a vontade do vampiro. Fincou suas pressas sobre o pescoço onde estava uma deliciosa
veia pulsante. E mesmo assim ela não acordou, seu rosto embranqueceu e ávida se
foi. Ele a colocou novamente sobre os cobertores, como se nada devesse
acontecido. E se foi!
O dia seguinte
contaria sua história.
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