SE COMEÇA EM UMA sala de aula com minúsculas cadeiras e mesas em miniatura, um quadro verde
escuro, que suporta em cima de si vários cartazes de papel A4 com letras de A até
Z em destaque. Ambiente com gosto de infância, cheiro de inocência esperada na
maioria dos pequenos que estão sentados ali.
Nas janelas,
muitas experiências quietas em copinhos descartáveis esperando a luz do sol.
Alguma coisa está se desenvolve em um algodão com poucas gotas de água.
Muitos lápis de
cores variadas, dezenas de desenhos feitos e pintados, aqui e ali um sol sorridente olhando de uma das mesas.
De repente um beija-flor aparece
do nada e se move para todos os lados, chamando a atenção das crianças. Peito
de um verde brilhante. Se consegui ouvir o movimento de suas assas que batem muitas
vezes por segundo, se impondo sobre o som do ventilador que até alguns minutos não
estava ligado.
O passarinho some de vista.
Aonde foi...? Aonde foi...?
E jogado em um dos cantos da sala, com o peito atingido por uma das pás do ventilador. Algo morto ou melhor,
prestes a morrer, pois o coração ainda bate.
A morte de um vermelho intenso, anuncia sua presença. Em que
as crianças não podem tocar, pois ainda não estão preparadas para essa
verdade.
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