MAIS UMA VÊS A noite
veio, e o sono com ela. No simples fato de fechar os olhos, os abril
descobrindo Joyce em sua frente.
- Oi! – Disse ele
sorrindo, estava realmente feliz em poder voltar.
Ela o olhava séria, um
pouco triste até.
- O que foi?
- Você vai ter que ir
embora, meu pai não o quer aqui.
- Por quê?
- Sua presença aqui só
pode trazer desgraça.
- Como posso trazer
desgraça.
– Nós tínhamos muitos
contadores de história eles viajavam por todo o reino - Comesa ela - Com um
único objetivo o de distrair o povo. Eram adorados e cultivavam a magia em seus
livros. – Apontou em direção ao livro de
Natanael. – Eles eram os únicos que tinham objetos iguais a este. Até que um príncipe
invejoso quis ter um desses e tudo fez para obtelo, chegou a matar um velho
contador e só assim obteve seu primeiro livro. Não se satisfez, sabia que magia
antiga estava naquele livro. O leu muitas vezes, mas apena via uma história, e não
descobriu nenhum sinal de magia. E foi conquistando mais livros à medida de o
tempo passava. Chegou a recorrer à tortura para descobrir como usar a magia
presa naquelas páginas. Hoje está com todos os livros que se tem noticia. Ou
melhor, pensa que está e quando descobrir que não, vai procurá-lo a todo custo.
E os passos de Pedro se
fizeram ouvir
- O garoto já está
pronto?
- Sim pai!
E chegando ao quarto, dispensou
Joyce.
- Tenho que conversar com
você, garoto. – Disse se encostando na parede e ficando ali. – Não quero problemas
e você pra mim é um problema.
- Sei, sua filha me
contou – Natanael se tremia todo sem saber o que fazer.
- Melhor assim. Pensei um
pouco e o melhor que você tem a fazer é atravessar a flores em direção a cidade
do outro lado. – Natanael só podia escutar.
- Mas preste atenção, não
deve passar a noite no meio das árvores. Tem que chegar a cidade antes que os portões
se fechem. Se não você pode ser morto.
- Tudo bem
- Então se levante que
tem de ir agora, sem nenhum minuto a perder.
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Com a mochila nas costas
e as explicações de Pedro, o pai de Joyce, Natanael foi em direção à floresta.
Tinha que atravessa-la antes que o dia terminasse, não podia em hipótese alguma
dormir nela.
O dia mal avia começado
e, as luzes ainda despontavam do firmamento, a grama molhada pela serração. Natanael
virou-se para trás e vil Joyce que lhe dava um ultimo adeus.
- Vamos em frente então,
rumo à aventura. – Disse ele entusiasmado.
As árvores enormes, de
troncos nodosos e cascas quebradiças, o esperavam, para todos os lados folhas
cobriam o chão. Tinha que caminhar em frente e manter a direção que lhe fora
mostrada.
Depois de um tempo
resolveu pegar o livro e folhea-lo quem sabe não encontraria alguma resposta,
ou algum jeito de controlar a magia que se escondia naquelas páginas. Passou a
dividir a atenção entre o caminho e o livro até que parou em uma gravura.
Mostrava uma espada,
feita com poucos traços em um contraste de claro e escuro no papel.
- Que espada, acredito
que me seria bem útil ter uma. - Natanael pesou nisso durante muito tempo.
As horas passaram e
metade do caminho ainda não avia sido percorrido.
Depois de muito tempo
caminhando. Ah distancia vil enormes muros que abrasavam a cidade, seu ataque
de euforia foi cortado por perceber que os portões estavam fechados. Teria que
dormir do lado de fora, já era noite e os sons da floresta se tornaram
sombrios.
Olhava para todos os
lados e via olhos que o espreitavam, gravetos quebrando eram sinal de algum
animal se aproximando.
- Que bobo sou, se algum
mostro quiser me pegar não vou perceber. - Disse isso tentando se animar.
Acomodou-se perto de uma
grande raiz e tentou dormir com a esperança de acordar novamente em seu quanto,
mas o sono não vinha e as sensações da floresta se intensificaram.
Olhos ferozes o observam.
Acordou com um leve
rosnado que vinha em sua direção, demorando a perceber o perigo que corria. Que
estranho não tinha acordado em seu quarto novamente, mas na verdade nem avia
começado a dormir. E agora o rosnado que vinha do escuro a sua frente era um mal
pressagio.
Não acreditava no que
via, ele existia e agora Natanael corria risco de morte. Um enorme cão negro
estava prestes a se jogar sobre ele. - A melhor das opções que poderiam
acontecer era se transformar em um deles, pois acreditava que era um lobisomem.
E a pior, ser estraçalhado naquele estante em milhões de pedaços. - rosnava e
dentes amarelos e pontiagudos apareciam a todo estante. Natanael não sabia o
que fazer, estava petrificado suas pernas não funcionavam e alguma coisa lhe
dizia, não adiantaria correr, que em dois passos que desse para trás seria pego
no mesmo estante.
- O que fazer? - Pensava
em uma velocidade inacreditável, revisando as ações de seus heróis. - Se amenos
tivesse uma espada teria uma chance de me defender. - Pensou, fechou os olhos,
acreditando que aquele era seu último momento de vida. pôs-se a imaginar o que
faria com a espada se acaso a tivesse. fechando o punho esquerdo, pois era
canhoto, e o sopesando sentindo o peso da espada imaginaria. de repente se espantou
estava realmente segurando algo... e era uma espada. sem parar para imaginar de
onde ela veio, esperou a investida do animal que foi rápida, também ele o foi
decepando sua cabeça. o corpo inerte o derrubou, deixando sem sentidos.
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