segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CASA - CAPÍTULO IV


NOITE, NATANAEL SENTADO EM um banco, de frente ao fogo que crepitava no silencio da casa. Comia uma sopa praticamente intragável, mas a fome obrigava! Todos os ocupantes olhavam curiosos em sua direção, o pai de Joyce sentado ereto em sua cadeira a sua mulher em pé aparentemente nervosa e a própria Joyce encostada em uma das paredes.
- Come isso logo garoto – disse Pedro irritado, que era o pai de Joyce.
- Tudo bem, já terminei.
- Bom... Agora podemos conversar. De onde você veio e como conseguiu um livro? – Sua voz era áspera.
- É muito difícil explicar, mas eu estava dormindo em minha casa e acordei na floresta.
- Magia! – Murmurou Isabel, mãe de Joyce.
- Como assim, eu apareci naquela floresta por causa de magia?
- Isso é se você estiver falando a verdade, mas ainda não medisse onde encontrou esse livro.
- Eu encontrei em um banco verde. Mas não entendo, onde eu moro temos dezenas de livros!
Pedro nada mais falou e se retiro ordenando que  Joyce preparasse o lugar  para Natanael dormir.
Deitado em um chão duro, sentido o cheiro forte do cobertor, não sabia como sair daquela enrascada e sentia falta de seus pais e seus livros.

***

Se eu disse-se que as coisas são imprevisíveis, de certa forma são sim, isso que faz o mundo ter graça. A única coisa que se sabe e de que qualquer ação gera uma reação. Você se corta, sangra, senti dor...
E a consequência de dormir é acordar e, Natanael acordou, demorou bastante  para se localizar, o cheiro ruim do cobertor já não existia, nem o chão duro aonde dormiu, estava em seu quarto, acreditou definitivamente que tudo foi um sonho.
- Pai. – Gritou entusiasmado, Já se preparando para sair da cama. Encontrou o pai no meio do caminho. – Tive um sonho incrível.
- Que bom filho! Como foi o sonho?
- Sonhei que tinha acordado em um mundo que os livros eram raros e eu estava com um na mão.
- Que legal você tinha que escrever isso.
Sim ele ia escrever o que tinha sonhado, já estava com essa ideia na cabeça deste que tinha chamado o pai.
E aquela menina Joyce... Iria gostar de falar sobre ela. Pareceu tão real!
Passou o dia todo pensando naquele mundo dos sonhos, como foi sonhar com aquilo? Essas perguntas fizeram nascer à vontade de voltar para viver naquele mundo. No colégio foram horas intermináveis, quase insuportáveis não conseguia fixar a atenção, se tornando um alivio o bater do sinal de saída.
Chegando em casa, se lembrou do livro, até então avia apenas focado em um único pondo, o mundo que era um sonho! Já com o livro em sua mão, pensou em rele-lo. Quem sabe sonharia de novo, afinal a história ainda não avia terminado. 

Mas não o achou, e depois de procura-lo em toda a parte, desistiu. Ao invés disso, pegou lápis e papel e tentou contar o que avia passado. 

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