ERA A ULTIMA DE sua espécie, milhões iguais a ela já estiveram no planeta. Estava
assim a um milênio, vitima de todos os cuidados humanos. Motivo de preocupação, foi colocada em uma redoma, em que o ambiente em sua volta era em tudo uma
reprodução bem cara do mundo, em sua infância. Viveria para sempre isolada da
realidade, única a sobreviver.
Virou
um símbolo, um ponto de apoio, ultima esperança de tudo voltar ao normal.
Depois da época de suicídios em massa em que um terço da população se matou com
medo do fim do mundo, que muitos pregavam. Verdadeiramente foi um pandemônio,
esta época, que ficou marcada na memória dos que viriam a nascer.
Os
problemas ambientais foram o começo, diziam que era apenas um processo natural,
que o homem não era o causador de tudo, não podia ser... E assim foi acontecendo
o desastre já esperado.
No dia
em que ela morreu o mundo realmente parou. Se lamentando, foi um ultimo baque,
necessário para que as coisas andassem realmente. “Não pode ter morrido, a ciência
com todo seu poder, tinha afirmado que não morreria.”
A cúpula não tinha
funcionado bem, apenas isso. Até hoje sua carcaça existe, em uma cidade no
Brasil.
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