SERES
DE CORPOS MAGROS, altos, escondidos por varias camadas de roupa, exalando
perfumes enjoativos, mas que tanto os agradam. Passam horas se olhando em
espelhos, testando posições, gestos, trejeitos. Seus rostos cobertos por
mascaras: sorridentes, angustiadas, nervosas, desesperadas, algumas espelhadas outras bem coloridas ou nem tanto.
E depois de horas na frente do espelho se postam como estatuas, pensativos, talvez olhando para o vazio. Sem direção ao certo, as reentrâncias de suas mascaras não revelam seus olhos. Nunca
se vil seus verdadeiros rostos, e conhecedores afirmam não querer ver, com o
receio do que verdadeiramente as mascaras escondem. Não comem, não dormem, e desconfio que nem existam. Talvez sejam apenas panos animados por alguma força invisível, simples marionetes controladas por fios inexistentes.
Será que algum motivo tem, para existir?
Será que algum motivo tem, para existir?
O domínio dessas criatura é uma terra seca, quebradiça, que a muito tempo não vê nem um pingo de verde. Terra
de ninguém é seu nome, onde poucos têm a verdadeira coragem de pisar e uma grande
quantidade dos que vão, estão a procura da morte. A conseguindo alcançar ou simplesmente ficando loucos.
Seu encontro
com um ser humano, não é perigoso de nenhuma forma, muitos simplesmente não os
notam, eles não se notam nem entre si. Mas em alguns casos raros podem demonstrar
curiosidade estrema, com suas mascaras
encarando o homem cara-a-cara, com uma pergunta impronunciável “quem és tu?”, curiosidade que some rapidamente, morta por seus reflexos no espelho.
Terra de
ninguém, onde muitos perigos existem. E poucos sobrevivem.
Um céu
eternamente em fim de tarde, poucas carcaças de árvores espalhas por aqui e ali,
silencio total, para todos os lados que se vê, apenas desolação e esses
fantasmas que sugam da terra tudo que há de bom.
Um comentário:
“O coração é terra onde ninguém pisa” lá estão os sentimentos, as angustias e tudo o mais.
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