terça-feira, 6 de agosto de 2013

TENTO ALCANÇAR



ESCREVER UM TEXTO QUE valha apena, ainda é uma dificuldade para mim. Tenho que escolher o assunto, de preferência um já conhecido e fazer com que dure uma quantidade de palavras suficiente para ser satisfatório. Alem do mais, saber descrever o que vejo é fundamental. Coisas que ainda tento alcançar nesse meu pequeno começo.

Me lembrando de uma aula que tive um ano desses, a data não tem importância, na aula eu tinha de descrever meu caminho de casa ao colégio e decido escrever sobre isso. A primeira pergunta que me vem à cabeça é o que de interessante tem em meu caminho?

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O fato de estudar pela manha modifica muitas vezes minha caminhada. Quando o sol aparece o céu se colore e se tiver a presença de algumas nuvens, melhor ainda.  Mas tem dias que a neblina esconde a luz do sol e a cor cinza predomina.

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Desço a Atalaia, chão de paralelepípedos por todo meu caminho. Ginásio, aqui eu fiz minha quinta serie. Biblioteca, li alguns livros que estão ali. Viro à direita, rua larga com seus oitis, são exatamente vinte e três.

Seguindo meu caminho, vejo as torres da Igreja Matriz Nosso Senhor dos Passos, que encaram as palmeiras sobreviventes da Praça Barão de Santa Clara, são poucas! Já vi em uma foto antiga aquela praça toda circundada por palmeiras.

Antiga prefeitura, praça, paredão que foi construído pelos escravos a igreja matriz também.

Ponte divisória, de um lado Minas Gerais do outro Rio de Janeiro. De um, Rio Preto do outro Parapeúna. Em poucos minutos chego ao meu colégio.

Esse caminho eu costumo fazer sozinho, pensativo, realmente penso muito. Vários assuntos passam por minha cabeça,  deste do tenho que tirar uma foto desse nascer do sou! Ou sobre o livro que estou lendo.


Os detalhes por onde passo vão mudar com o tempo, mas já não vai ser meu caminho. Talvez falte um oiti ou uma casa já não esteja mais presente. O tempo vai acabar ganhando sobre tudo que vejo!   

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