sábado, 3 de agosto de 2013

Professora




COMO PODEM SER INTERESSANTES as diferentes pessoas que se reúnem em uma sala de aula. Tirando os professores que são umas figuras. Os alunos em si, são um posso de originalidade, mesmo que se reptam em palavras, gestos ou no modo de se vestir que na teoria seria o uniforme.

O dia a dia de uma turma é dos mais chatos ou legais, dependendo do estado de humor do estudante, que geralmente não é lá dos bons. As brincadeiras e frases marcantes na maioria das vezes saem do fundo da sala que atrai como imã certos alunos.

Esta turma de que falo é a do turno da manhã e chega aos poucos, bocejando, os olhos caídos de sono. Mas logo se anima com a primeira aula que começa e se vai num piscar de olhos junto com a segunda, por causa da professora que brinca com a turma, pegando um ou outro aluno pra “cristo” e assim a hora vai passando. O professor seguinte, de uma matéria bastante chata, demora com suas explicações fazendo o tempo andar lentamente, quase se arrastando. Os olhares nervosos de segundo a segundo vão para o relógio na parede:

- Que aula chata! – Pensa um garoto.

- A hora não passa... – Pensa uma menina, olhando para o relógio pela décima vez.

E assim vai, até o sinal bater para o bendito intervalo, que tanto demorou a chegar. As cabeças esfriam para logo esquentar de novo. Mais três aulas pela frente e mais uma maratona de olhares para o relógio. No quarto horário uma nova professora entra na sala, atraindo todos os olhares:

- Que linda... – Pensam todos os garotos.

As meninas passam os dois últimos horários de caras emburradas e com mil pensamentos. E os garotos todos sorridentes com o mesmo pensamento que se repete a toda hora: – Que linda...



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TENTEI FAZER UMA CRÔNICA QUE CONTASSE A CONVIVÊNCIA DOS ALUNOS COM OS PROFESSORES, APENAS ISSO.

Texto publicado pela primeira vez no informativo “O VIEIRINHA” – Ano 3 / Número 008 / Edição Especial, 2º semestre.


Sinceramente quando o escrevi não esperava a revolta que geraria entre meus colegas. Principalmente as mulheres. Mas compreendo, fui inadequado, porem o texto é uma ficção e a chegada da professora na sala de aula, não aconteceu. Mas algumas características refletem a minha vida... Considero esse texto, um elogio a todas as salas de aula que tive a oportunidade de integrar e aos colegas que foram meus amigos.


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